Entre os dias 4 e 13 de julho, o Jardim do Cerco, em Mafra, foi palco de celebração e reflexão no Festival do Pão. A Plataforma Nacional do Pão, iniciativa da AHRESP, organizou um debate dedicado ao papel do pão na alimentação, na cultura e na identidade regional.

O moderador Paulo Amado, fundador das Edições do Gosto e da revista Manja, abriu a sessão com um alerta direto: “O pão é reflexo do território. Se esse reflexo mudar, muda também a cultura. Hoje comemos ‘pão da hora’, que de pão só tem o nome – porque pão é farinha, água, sal e tempo.” Ao lembrar que a tradição arrisca se perder se os saberes não forem transmitidos às novas gerações, deixou uma questão inquietante no ar: a nossa mudança de hábitos alimentares estará a apagar o “pão de antigamente” e, com ele, uma parte de quem somos?





